sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Estamos chegando, mas nem sempre aonde queremos.
Perdido é meio subjetivo, tem gente que se perde dentro de si mesmo.

Eu nunca disse que tudo ficaria bem.
Minha linda, apenas sorria.
Vista seu melhor personagem e sorria.

Eles não poderão mudar os fatos.
E nem você.
Sempre estivemos tão longe de qualquer coisa.
Que diferença isso faz agora?

O que te faz pensar que tudo poderia ter sido diferente?
Esta é a sua vida.
Essa é você agora.
Se nada é bom o bastante, seja ao menos criativa.
Se quiser um sentido para a vida,
seja capaz de criar você mesmo suas próprias mentiras.







" Vc não pode saber a verdade, apenas escolher a mentira que mais gosta"


Marilyn Manson

sábado, 12 de setembro de 2009




Recentemente, fui surpreendida por alguém que queria me fazer confidências e solicitar meus conselhos sobre assuntos completamente irrelevantes para mim. Por quê? Para quê? Que diabos eu tinha a ver com tudo aquilo? O que faz alguém pensar que estamos interessados em ouvir suas lamúrias? O mais engraçado é que eu não sou aquela garota que alguém procura para queixar-se, requisitando ao fim do diálogo alguma super mensagem de apoio. Vocês sabem como é, todo mundo conhece bem, ao menos já se deparou em algum momento na vida com esses seres encantados que parecem carrega consigo uma enorme placa luminosa com os seguintes disseres: “Ombro amigo. Conselhos grátis”. Bom, eu nunca fui esse tipo de ser encantado. Sempre me pareceram estocar frases de efeito, e depois despejarem como mantras para qualquer um que esteja desesperado o suficiente para acreditar.

Bom, o fato é que se abrir com alguém requer muita intimidade. Ou será que não? Será que é mais fácil despeja seus conflitos em quem não tem reais motivos para te julgar? De qualquer forma, conselhos são muito perigosos. Por milésimos de segundos, apavorei-me com a idéia de poder interferir no rumo daquela história. Depois comecei a pensar: como eu poderia oferecer meus conselhos para alguém cujo dilema e desfecho de sua trama, eu,  para ser honesta, não dava a mínima? 

Aconteceu então deu olhar para aquela garota na minha frente e imaginar todas as vezes que abrir um caderno e segurei firme no lápis destrinchando sentimentos sobre qualquer coisa que me afligia, na ânsia de respostas que nunca vieram por mais que eu esgotasse folhas e mais folhas. Elas nunca vieram numa bandeja. Só que eu sempre me sentia mais leve, mesmo que eu rasgasse a folha depois.

Ela continuava lá, gesticulando e usando seu corpo para uma quase encenação do ocorrido, enquanto eu silenciosamente, e com uma calma ainda desconhecida mim, a ouvia. Simplesmente a deixei falar, falar, e falar... Ate que se esgotasse. Acabei sendo tão relevante para seu desfecho quanto era antes. Mas, no fim de tudo, percebi que havia aprendido algo, e que a devia agradecimentos. Percebi o quanto podemos ser ignorantes e medrosos diante de alguém que parece querer nos fazer de porto seguro, sem perceber que só o que querem é o mais simples de nós. Justamente, o que os verdadeiros egoístas mais negam.

Por isso, serei eternamente grata.
Muito obrigada.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009



"Dizem que o medo mora perto das ideias loucas. Mas eu enfrento meus abismos, e quero viver minhas loucuras!"


By Kathlen Heloise Pfiffer


   No meu mundo, há espaço para tudo menos para o medo de sentir. Fracos são aqueles que por falsa satisfação social agem como tolos: sorrindo para muitos e acreditando no pouco.

  Posso não sorrir para você, mas isso não quer dizer que tenha deixado de ser encantadora.
  Posso não ser alegre como o canto dos pássaros às cinco horas da manhã, mas conheço-me bem mais aqui em baixo do que você seria capaz de conhecer a si mesmo em um belo por do sol.



domingo, 6 de setembro de 2009




"Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais:
o excesso de gente me impede de ver as pessoas."

(Mário Quintana)










Esse aglomerado de gente me deixa doente.
Esse modismo social destrói o que ainda admiro nas pessoas.
Ainda prefiro o som da madrugada.
Ainda sento de baixo de uma árvore só por que é fim de tarde.
Ainda busco dentro de mim... só dentro de mim, sem olha muito para o lado.
Admiro, mas não idolatro.
A idolatria torna algo bonito em conceitos fabricados.
Respiro fundo e sinto o vento ... isso ainda é algo que me acalma.

sábado, 5 de setembro de 2009





Eu e meus seis bilhões de figurantes.
Não somos lá muito amigos.
Mas sorrimos um para o outro atravessando a calçada da padaria.
Estão sempre bem vestidos e felizes.
Às vezes tenho duvida sobre meu protagonismo.

Sentar e assistir calada seria uma idéia inteligente.
Igualmente bem vestida e feliz.
Mas acho que sou burra
E acho que gosto disso.
Protagonizo sim.
Mas protagonizo o meu mundo.
E nele só existe o que eu quero que exista.
Nele só brilha o que para você não tem valor.
Só se ver o que eu ilumino.
Só se ouvi o que eu murmuro ao pé do ouvido.

E, é claro, eu e meus humildes seis bilhões de figurantes
que se limitam a sorrirem para mim atravessando a calçada da padaria.
E é assim que eu quero que permaneça