Talvez seja esse medo. Esse medo de tudo ligado ao sentir ternura. Medo de olhar nos olhos, medo de sorrir demais e parecer uma boba, ou ser séria demais e parecer uma chata. Eu não gosto de como isso me afeta, de como as pessoas me deixam insegura. Não consigo mais acreditar em minhas próprias palavras. Tenho medo de como isso me faz pensar em não ser aquilo que sempre acreditei. Por que tenho fingindo por muito tempo uma auto-suficiência que a cada dia que passa, vai ficando claro que não possuo. Tenho mentindo para os outros e para mim mesma da forma mais baixa. Tenho reprimido e escondido alguns sentimentos em gavetas trancadas, certificando-me que nunca mais deixaria alguém encontrá-los. Tem coisas que não consigo mais dizer em voz alta. Estou, aos poucos, me autocensurando. No fundo, acho que sei que tudo se resume a esse medo bobo que possuo de ser desmascarada. Não sou tão boa atriz assim, e uma hora todos descobrem — Eu sou melhor de longe.
Between violence and silently seething
quinta-feira, 19 de maio de 2011
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Ok, admito, estou confusa e perdida, sim. Estou tentando me recolher um pouquinho para ajustar essa coisa aqui dentro que se soltou. Eu não sei o que é, não sei com o quê relacioná-la, só sei que está errada. Isso é pessimo, porque eu estou sentindo que é uma daquelas coisa que acaba desestruturando todo o resto.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Quer me conhecer?
Bem, primeiro devo lhe dizer que não, não estou lisonjeada. Tudo que se cala e emana mistério desperta curiosidade, e isso não é nada demais. Quero saber é se estará disposto a ouvir quando apoiar minha cabeça em seu ombro e te encharcar com meus problemas infantis e aparentemente inexistentes. Quero saber é se estará disposto a se calar quando me ouvir gritar por nada, simplesmente por precisar. Se quando minhas palavras se forem, você será capaz de ir buscá-las para mim. Se estará mesmo pronto para amar meus defeitos; Por que, querido, eu não sou nada sem eles.
Sou impaciente, insegura, medrosa e quero sempre tudo do meu jeito. Penso demais. Falo pouco. Sim, sou fechada. Sou chata. Sou meio careta. Meio carente. Meio um pouco de cada coisa. Às vezes fica meio desproporcional, às vezes vai tudo embora. O que te agrada em mim pode sumir no dia seguinte — tenha isso bem guardado.
Outra coisa que deves saber é: Querido, nem pense que irei te seguir aonde for. Não irei naquelas festas que você e seus amigos babacas vão para se sentirem mais entrosados. Não gosto de “pegação”. Nada que é banalizado me diz alguma coisa. Posso gostar de você, gostar mesmo. Ser sua para sempre. Mas dou valor aos meus sentimentos mais do que qualquer coisa no mundo. Por isso, saiba que esta garota aqui é extremamente egoísta e pensa primeiro nela. Okei?
Ah, gosto da forma como você me olha e não diz nada. Muitos falam e não olham — tenho profundo desprezo por quem verbaliza demais. Por isso achei fascinante aquele sorriso de canto que soava como um “oi, gostei de você. Quero te conhecer”. Achei lindo quando você passou por mim, despretensiosamente, depois daquele sorriso. E foi algo só nosso. Ninguém notou. Você é discreto, mas sabe se fazer perceptível.
Então — talvez — eu sorria e te diga que sim, também quero te conhecer. Talvez você já saiba disso tudo. Talvez tenha sido exatamente isso que o fez olhar para mim. Ou talvez seja só mais um. Só mais um a se decepcionar. Só mais um a ir embora magoado. Só mais um a não conseguir um sorriso de volta. Só mais um.
domingo, 13 de junho de 2010
O que há de errado com esses sentimentos?
Talvez eu sinta os que ainda não foram pateteados.
Não tenho saco nem vontade de abri-los, dissecá-los e rotulá-los.
Os deixem em paz.
Os deixem serem simplesmente sentidos.
Eu não tenho medo de morrer.
Não tenho medo de sangrar.
De sorrir nem de chorar.
Meu único medo é de sentir o que já conseguiram decifrar.
E isso é um mistério para mim.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Estamos chegando, mas nem sempre aonde queremos.
Perdido é meio subjetivo, tem gente que se perde dentro de si mesmo.
Eu nunca disse que tudo ficaria bem.
Minha linda, apenas sorria.
Vista seu melhor personagem e sorria.
Eles não poderão mudar os fatos.
E nem você.
Sempre estivemos tão longe de qualquer coisa.
Que diferença isso faz agora?
O que te faz pensar que tudo poderia ter sido diferente?
Esta é a sua vida.
Essa é você agora.
Se nada é bom o bastante, seja ao menos criativa.
Se quiser um sentido para a vida,
seja capaz de criar você mesmo suas próprias mentiras.
Marilyn Manson
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